domingo, 13 de maio de 2012

THE END

Esta é a última postagem deste blog que tanto prazer e alegria nos deu em atualizá-lo. Estivemos durante duas semanas entre a Alemanha e a Itália em uma viagem incrível, diferente e surpreendente. Incrível pelas paisagens e lugares que conhecemos. Diferente pela maneira que conhecemos as cidades, de bicicleta, com autonomia para ir sem depender de outro meio de transporte. Surpreendente pelo fato de estarmos no interior, sem aqueles roteiros cheio de turistas. Agradeço aos amigos Frederico da Luz e Paulo Rodrigo Capre pela parceria e companheirismo de estarmos juntos durantes estes dias. Sentimos falta de César Cavalli, nosso puxador do Cruce de los Andes. A Via Claudia Augusta é sensacional, tenho vontade de repetir a aventura, valeu muito a pena! Aos interessados em percorrer este roteiro, farão uma ótima escolha. Para finalizar, a exemplo do Cruce de los Andes, deixou uma frase do filme O curioso caso de Benjamin Button:

Sou velho e já passei por muitas dificuldades, mas a maioria delas  nunca existiu!

Fiz um video com o resumo da expedição, quem quiser assistir acesse o link abaixo

https://www.youtube.com/watch?v=11VTOTUX8zc

 
Leandro Luis Daros
Frederico Ronaldo da Silva da Luz
Paulo Gustavo Capre

quarta-feira, 4 de abril de 2012

MILÃO

Depois de cruzar os Alpes numa jornada que durou 9 dias em mais de 500 quilômetros pedalados pela Via Claudia Augusta, a equipe já está em Milão nos preparativos finais para o retorno à pátria amada. Confortavelmente instalados em um dos hotéis de capital econômica italiana, hoje foi um dia dedicado ao turismo e às compras. Logo cedo, Paulo foi até uma loja de esportes conferir as novidades da área ciclista e acabou se perdendo do grupo, algo inédito até então (naquele dia). Enquanto isso, Frederico aproveitou estar na capital mundial da moda para conhecer a famosa loja de bolsas femininas Louis Vuitton, conforme fez questão de registrar e guardar para a posterioridade na foto ao lado. Em seguida, fizemos um tour guiado em um ônibus sightseeing, que digamos assim, não foi lá um grande atrativo a esses humildes pedaladores, primeiro pelo trânsito caótico de Milão e segundo pela relativa ausência de interesse pelo tema artístico cultura que cerceia esta histórica cidade. A equipe permanece unida e se divertindo, agora sem a companhia das bicicletas. Amanhã, último dia da viagem, faremos um almoço de confraternização e iniciaremos o processo de acomodação das roupas sujas (que são muitas) nas mochilas para voltar pra casa na sexta-feira pela manhã.

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!


segunda-feira, 2 de abril de 2012

DIA 8 - MERANO PARA TRENTO


Deixamos as montanhas, o gelo e o frio dos Alpes e chegamos à cidade histórica de Trento, nosso destino final. Hoje foram mais de 100 km pedalados, no dia mais difícil de toda a viagem. Começamos logo pela manhã, andando cerca de 20 quilômetros numa região de macieiras, acompanhando as plantas floridas, numa enorme reta, chegando até mesmo a ser monótono. Em seguida, começamos a subir, nuns 15 km de belas paisagens, passando por túneis na ciclovia e em uma floresta. Paramos para almoçar, para variar... espaguete!! Depois, a pedalada foi um verdadeiro martírio. Quarenta quilômetros em um enorme vale com vento contra. Sofremos para levar as bicicletas adiante, havia momentos com rajadas fortes que era impossível colocar um pedal diante de outro. Entramos em Trento às 17:30, exaustos depois de tantas horas de viagem, mas com a certeza de termos alcançado o objetivo de nossa expedição. Poderíamos ir até Roveretto amanha (mais uns 50 km), e tenho certeza que se fosse preciso essa equipe pedalaria até Veneza, mas agora vamos aproveitar um pouco da Itália, sem ter o compromisso com nossas queridas bicicletas todas as manhãs. Amanha, de trem, iremos para Verona e na quarta para Milão. Vamos continuar atualizando blog até a chegada ao Brasil com relatos das aventuras diárias, dessa vez sem as bikes!

Tempo de pedalada: 6h10min
Distância percorrida: 101,8 km
Velocidade média: 16,4 km/h
Velocidade máxima: 48,8 km/h
Calorias: 1.175,9 cal

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

domingo, 1 de abril de 2012

DIA 7 - PASSO RESIA PARA MERANO

Saímos do alto dos 1.500m dos Alpes pela manhã para iniciar a descida para a Itália. Foram mais de 85 km de pura contemplação de uma região com enormes plantações de maçã. A ciclovia no trecho italiano é perfeita, quase toda em asfalto e com paisagens belíssimas. Durante o percurso passamos por vilas antigas e avistamos vários castelos, alguns com talvez milhares de ano, numa aula de história ao vivo e a cores. Almoçamos uma pizza e continuamos descendo com o objetivo de alcançar Merano antes do entardecer. A média de velocidade aumentou sensivelmente em relação aos outros dias, sendo que a velocidade máxima em algumas descidas se aproximou dos 70 km/h. No meio de um pomar de maças havia uma barraca com suco da fruta ao preço de 0,50 Euros, mas sem ninguém cuidando, num típico serviço de self service baseado na confiança (claro que não funcionaria no Brasil). Para finalizar, quase chegando ao destino, uma criança de bicicleta cortou a frente de Paulo e quase provocou um engavetamento dos três patetas que pedalam pela Europa. Felizmente nada de grave! Foi emocianante fazer a descida em caracoles de uns 200 metros um pouco antes de Merano. Quem quiser ver vídeos que Frederico (ex ator, surfista, estudante de psicologia, etc) está gravando da viagem, acesse o link abaixo:

http://www.youtube.com/user/FREDERICODALUZ/videos

Tempo de pedalada: 4h18min
Distância percorrida: 86,29 km
Velocidade média: 20,1 km/h
Velocidade máxima: 67,6 km/h
Calorias: 1.430,90 cal

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!


sábado, 31 de março de 2012

DIA 6 - LANDECK PARA PASSO RESIA

Expedição chega à Itália! Pelos relatos que havíamos lido, sabíamos que este seria o dia mais difícil da viagem, pois subiríamos uns 800 metros para cruzar os Alpes no passo Reschenpass (Résia), e que subida longa! Logo pela manhã, pedalando ainda na Áustria encontramos áreas com gelo na via, prontamente superada. Também ocorreu o primeiro tombo da expedição. Frederico, com suas típicas barbeiragens ciclísticas, engatou o guidão de sua bicicleta no meu e juntos nos esborrachamos no chão, mas nada de grave! Não contente, em seguida quase derrubou Paulo e eu, era o que faltava para completar seu strike do dia. Paramos para almoçar um pouco antes de Pfunds, no cardápio massa e cerveja! A partir daí, pedalamos mais alguns quilômetros na via até batermos em uma auto estrada, encravada na rocha das montanhas. Nesse ponto a via Claudia Augusta desaparece como ciclovia e se transforma em uma picada no meio das montanhas. O caminho é estreito e perigoso, com degraus que os romanos usavam para fazer a subida. Passar com bicicletas carregadas com alforges torna-se um desafio insuperável. Optamos por seguir pela rodovia, beirando precipícios enormes e atravessando túneis junto com os carros. Foram aproximadamente 5km de subida até Nauders, região da tríplice fronteira (Áustria, Suíça e Itália) e cheia de estações de esqui. Pedalamos mais alguns quilômetros e devido ao adiantado da hora (mais de 17h) paramos para dormir numa vila (Resia – Itália) no local mais alto da expedição (aproximadamente 1.500 sobre o nível do mar). Neste domingo começa a descida para Itália

Tempo de pedalada: 4h50min
Distância percorrida: 53,75 km
Velocidade média: 11 km/h
Velocidade máxima: 38,7 km/h
Calorias: 476,6 cal


sexta-feira, 30 de março de 2012

DIA 5 - LERMOOS PARA LANDECK

Ao contrário dos dias anteriores, hoje o dia amanheceu com chuva, vento e frio. Por volta das 7h, durante o café da manhã, a equipe se reuniu para decidir a atitude a ser tomada diante das condições climáticas adversas. Tínhamos duas opções para chegar até Landeck: pedalar debaixo de chuva e com frio pela rodovia, pois a via Claudia Augusta neste percurso estava bloqueada pelo gelo (inclusive o passo Ferpass); ou fazer o trajeto de trem, que naquele momento era o mais seguro. Como líder da expedição, deixei que Frederico e Paulo tomassem suas decisões, afinal são maiores e experientes nesse tipo de aventura. O colunista de Quaraí (Frederico) optou pelo trem. Paulo, não abriu mão de continuar pedalando e decidiu ir pela rodovia. Eu (Leandro) fui com Frederico de trem (aqui as bicicletas são transportadas normalmente dentro dos trens, com um $$ extra na passagem). Um pouco depois das 15h (horário local), 10h em Brasília, encontramos Paulo em Landeck. Segundo seu relato emocionado, havia sido parado pela polícia por estar andando com a bicicleta em uma auto pista internacional fazendo racha com uma Ferrari e um Porche. Felizmente, graças a sua fluência no idioma germânico, explicou que tratava-se de um desafio pessoal, sendo prontamente liberado pelos oficiais austríacos. Agora, já estamos reunidos novamente e amanhã vamos ao ponto mais alto e frio da expedição, subiremos 700 até alcançarmos os 1.455 metros de Reschenpass, para a partir de lá iniciar a descida para a Itália. O tempo melhorou e a previsão é que continue assim amanhã. Ao lado, as duas primeiras fotos mostram a situação pela manhã e a última, tirada já com sol, aqui da sacada do hotel onde estamos em Landeck.

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!


quinta-feira, 29 de março de 2012

VIDEOS

Abaixo segue link com vários videos sobre a expedição na Via Claudia Augusta de autoria do cinegrafista oficial Frederico da Luz:

http://www.youtube.com/user/FREDERICODALUZ/videos

DIA 4 - FÜSSEN PARA LERMOOS

Entramos na Austria e alcançamos os Alpes. Saímos de Füssen e logo cruzamos a fronteira, começando a subir. À medida que pedalávamos o cenário de estrada limpa e vegetação verde começava a mudar. Um pouco depois da metade do percurso avistamos as primeiras pedras de gelo na via. No começo foi uma alegria, paisagem diferente, contato com o branco da neve. Chegamos a uma subida que estava coberta por gelo. Frederico acostumado a pedalar na beira mar não sabia direito o que fazer e Paulo nos motivou para seguirmos em frente. Empurrando as bicicletas, escorregávamos e tínhamos dificuldade para ficar de pé. Pedalamos algumas centenas de metros e novamente mais gelo na via, resolvemos encarar! A neve fofa escondia grandes buracos, as rodas afundavam e cada passo se tornava desgastante. Nessa altura, já com os pés enxarcados, procurávamos uma saída para algum lugar que pudéssemos, pelo menos, ficar de pé.  Finalmente chegamos a uma rodovia movimentada, pedalamos cerca de 1km na lateral dos trilhos do trem e atingimos a cidade de Klause, ainda na Austria. A partir daí, havia gelo mas a Via Claudia Augusta estava limpa, como mostram as fotos ao lado, numa verdadeira paisagem de cartão postal. Foram uns 10km de muitas fotos e alegria por estar nesse lugar. Em Bichlbach fomos a uma estação de sky, pagamos 12 Euros pelo teleférico para ir até o topo da montanha.  Retornamos à via, pedalamos mais alguns quilometros e... mais gelo! Desta vez era impossível de passar, árvores caídas e cerca de 1 metro de neve. Decidimos ir para a rodovia, que avistávamos de longe. Para isso era necessário atravessar uma cerva, depois um pequeno riacho, um grande campo coberto de neve e ainda os trilhos do trem. Nos organizamos, enquanto Paulo, com seus conhecimentos de engenharia, montou uma pequena ponte sobre o riacho, Frederico e eu planejávamos o trajeto até a rodovia no meio do campo coberto de gelo. Em cerca de 30min atingimos a rodovia e de lá foi uma grande descida até Lermoos. Cansados pela aventura, mas contentes por ter vivido o dia de hoje de pedalada nos Alpes!

Tempo de pedalada: 3h40min
Distância: 37,4 km
Velocidade média: 10,0 km/h
Velocidade máxima: 55,1 km/h
Calorias: 368,70 cal

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

quarta-feira, 28 de março de 2012

DIA 3 - SCHONGAU PARA FÜSSEN

Continuamos nossa pedalada de aproximação dos Alpes. Depois dos 111 km de ontem, hoje andamos um pouco mais de 43 km no percurso mais bonito que já fizemos até agora na Via Claudia Augusta. Estamos sendo agraciados com uma semana de sol, céu claro e sem vento, que para pedalar é perfeito. A temperatura segue por volta dos 10 graus durante o dia, dá para andar de bermuda, mas não sem jaqueta. Durante o percurso cruzamos pequenas cidades da Alemanha. De uma hora para outra o cenário muda, de repente estamos numa floresta, depois numa cidade e logo após no meio de um campo. A paisagem é de cartão postal e não dá vontade de parar, agora com os Alpes ao fundo. A via é espetacular, no trajeto de hoje quase todo em piso de asfalto, e quando falo em asfalto não digo que é uma rodovia, em que há disputa por espaço com carros e risco de atropelamento, é só ciclovia mesmo. Andávamos sós, parando para bater fotos e apreciando cada local que atravessávamos. Hoje encontramos mais ciclistas no percurso, muitos deles com bicicletas speed, outros só passeando! Em uma das paradas para água e fotos Paulo ofereceu Doritos (sim aquele tipo de salgadinho apimentado) para um cavalo e quase criou um conflito diplomático com a dona do animal. Amanhã deixaremos a Alemanha (vamos ficar com saudades da boa cerveja e do Apfel strudel, um tipo de doce) em direção a cidade de Lermmos na Austria, entrando de vez nos Alpes.

Tempo de pedalada: 3h14min
Distância percorrida: 43,74 km
Velocidade média: 13,5 km/h
Velocidade máxima: 50 km/h
Calorias: 443 cal

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

PERCURSO DO DIA

Obs.: a foto abaixo é do blog do Garé





terça-feira, 27 de março de 2012

DIA 2 - AUGSBURG - SCHONGAU

Estamos em tiras, foram 111,56km em 7h07min de pedalada! Levantamos às 6h30min, tomamos café e começamos a viagem às 8h15min, saindo de Augsburg em direção a Schongau (Alemanha) num frio de rachar. Entramos na via e rapidamente em uma
floresta longa, com chão de terra e pouca sinalização. Depois de uns 15km chegamos a uma rodovia e pegamos o mapa para nos localizarmos. Paulo saiu em um direção e Frederico e eu tentávamos decifrar a difícil geografia germânica. Pelo rádio, Paulo avisou que 
havia achado o caminho, então partimos para encontrá-lo. Seguimos pedalando, atravessamos uma pequena cidade, entramos num parque e em seguida novamente em uma floresta. Depois de algum tempo encontramos, no meio da floresta, um caminhão que fixava placas de orientação. Como os funcionários não falavam inglês, por meio de gestos e escritos nos informaram que estávamos pelo menos uns 10km afastados da rota original, e que por aquele trajeto que seguíamos iríamos voltar ao ponto em que saímos pela manha. Resumindo, atravessamos a floresta, demos uma volta e entramos novamente na floresta, sem necessidade. Após Frederico fazer um rigoroso estudo cartográfico de nossa posição, retornamos e voltamos ao caminho correto. Seguimos pedalando, desta vez nos assegurando que seguíamos a direção das placas. Como a Via Claudia Augusta atravessa muitos vilarejos e há algumas vertentes, há diferentes roteiros a serem seguidos, o que nos confundiu. Apesar do dia de sol, em nenhum momento pedalamos sem jaquetas corta vento, que nos abrigavam do frio. Foi um dia longo, mas gratificante. Em determinado momento, no final da tarde, avistamos os Alpes pela primeira vez, numa foto de cartão postal. Chegamos a Schongau no início da noite com a pele queimada das horas de exposição ao sol, mas contentes pelo dia de aproximação aos Alpes que tivemos. Cansados sim, mas bem, amanhã tem mais!

Tempo de pedalada: 7h07min
Distância: 111,56 km
Velocidade média: 15,6 km/h
Velocidade máxima: 42,2 km
Calorias: 1193,20 cal


segunda-feira, 26 de março de 2012

DIA 1 - DONAUWÖRT PARA AUGSBURG

Saímos da charmosa Donauwörth às 9h30min, passamos no centro de informações turísticas, compramos um mapa (12,95 Euros), nos certificamos do local de início da Via Claudia Augusta e começamos a pedalar. Foi um dia bonito, sem vento, sol e temperatura de 10 graus. Que prazer estar na Via, uma expedição que planejamos há meses e agora estava se tornando realidade. Pedalamos pelo interior da Alemanhã, cruzando campos, plantações e entrando em pequenas cidades. Paulo, em homenagem a seu irmão, abriu vantagem, enquanto Frederico e eu vinhamos atrás, batendo fotos, filmando e comentando sobre os locais que passávamos. Durante o trajeto há várias encruzilhadas, todas sinalizadas com placas indicando a direção do percurso, por enquanto ainda não nos perdemos! A Alemanha é um país incrível, tudo limpo e bem cuidado, típico de uma cultura germânica. Um pouco antes da metade do caminho, passamos a acompanhar o rio Danúbio com a via em piso de chão e entre muitas árvores. Como é início de primavera a vegetação ainda está seca, fruto do rigoroso inverno. Chegamos a Augsburg por volta das 14h30min, deixamos as malas no hotel e fomos almoçar. Tomei dois copos de meio litro da cerveja local, considerando que pedalamos 54 km, significa que estou fazendo uma média de 54 km por litro de cerveja, tá bom!

Tempo de pedalada: 3h21min
Distância percorrida: 54,42 km
Velocidade Média: 16,2 km/h
Velocidade Máxima: 35,9

Obs.: a foto abaixo é do planejamento de viagem do blog do Garé



domingo, 25 de março de 2012

UM BRINDE À VIA CLAUDIA AUGUSTA

Para comemomar o início da Via Claudia Augusta amanhã (segunda-feira 26/03), e como "matadeira" do dia, na volta pra casa da pedalada por Donauwörth, paramos em um posto de gasolina e compramos três cervejas (uma para cada um). Como, para variar, estavam quentes, entrou em ação os conhecimento de Mc Gyver de Paulo Gustavo Capre para gelar a cerva! Abriu a janela do quarto, deixou 10min lá fora e pronto, com os 3 graus de temperatura ambiente, ficou gelada!

DONAUWÖRTH

Domingo, levantamos por volta de 8h30min, café da manhã no hotel, ato contínuo carregamos as bicicletas para a viagem de trem de uma hora e meia para Donauwörth. Em Munique, na estação central há trens a cada hora, a passagem custa 11 Euros por passageiro e mais 5 Euros para cada bicicleta, que é levada normalmente dentro do trem. Chegamos à estação de Donauwörth e procurávamos em um mapa a rua do hotel. Prontamente Frederico colocou em prática seu alemão carregado de sotaque austríaco, que obviamente não foi entendido pelos locais. Pedi informações em inglês a uma moça que estava de bicicleta próxima a nós. Após ela me explicar o local do hotel, viu que Paulo estava com uma camiseta do Brasil e disse que também era brasileira. Seu nome é Sabrina, disse que vive há 9 anos na Alemanha e a um ano em Donauwörth. Nos acompanhou uma parte do trajeto até o centro da cidade. Nos despedimos e fomos até o hotel. Saímos para pedalar, conhecer a cidade e almoçar. Sentamos num restaurante com mesas ao ar livre, aproveitando a tarde de sol e clima agradável. Novamente provamos as sobremesas que na Alemanha são muito boas! Donauwörth é uma típica cidade alemã do interior, com suas ruas limpas e casas bem cuidadas. Fomos em busca de um marco de início da Via Claudia Augusta, cruzamos o rio Danúbio e percorremos uns 500 metros inicias dela, não dava vontade de parar tamanha sua beleza e estrutura. Voltamos para a cidade, Frederico e eu fizemos um giro grande, cerca de 10 km, pedalando pelas ruas de Donauwörth, aproveitando o domingo de sol e vendo as casas dos alemães sem muros e afastadas uma das outras. Paulo fico pelo centro e nos encontrou logo depois, quando voltamos para o hotel. Aliás, no hotel, estamos sozinhos, a recepcionista foi embora e nos deixou a chave, disse que volta amanhã cedo para preparar o café da manha! Ao lado fotos da cidade de Donauwörth e um trecho do início da Via da Claudia Augusta.
  

sábado, 24 de março de 2012

OKTOBERFEST NA ALLIANZ ARENA

MUNIQUE SOBRE DUAS RODAS

Descansados da viagem, botamos as magrelas pra rodar! Depois de um generoso café da manhã, com deliciosas guloseimas da cozinha alemã, partimos para conhecer Munique de bicicleta. A cidade tem ótima infraestrutura para ciclistas, com aproximadamente 1.200 km de ciclovias, além de ser plana, o que favorece o uso deste importante meio de transporte. Andamos por praças, parques e longas avenidas, sempre com as bikes nos levando! Como Munique não tem praia e nem pororoca, mas sim surfistas, os locais improvisaram uma onda num canal da cidade! A temperatura é agradável, na casa dos 15 graus durante o dia e de uns 5 à noite. Como também somos filhos de Deus hoje (sábado) à noite vamos vamos seguir experimentando cervejas, quizás encontramos alguma gelada. Amanhã pela manhã partiremos para Donauwörth, que fica há aproximadamente 1 hora de trem, para na segunda-feira iniciarmos a pedalada na Via Claudia Augusta.

ALLIANZ ARENA - BAYER X HANNOVER

Na tarde deste sábado fomos ao jogo do campeonato alemão, Bayer de Munique x Hannover 96 no estádio Allianz Arena, construído para a copa do mundo de 2006. Como não tinhamos ingressos apelamos para o mercado negro (cambistas). O preço oficial era 35 Euros, pagamos 60, mas valeu a pena! O jogo em si foi uma pelada (para o padrão alemão foi um jogão) o Cevada E.C. (nosso time amador que joga aos sábados) bem treinadinho teria chance. Como quem tem asas não gosta de voar, o estádio é sensacional, tanto em termos de organização, visão do campo e acesso. Para que gosta de futebol este é um local a ser visitado. Venda de cerveja dentro do estádio à vontade e os famosos "salsichões" alemães que são vendidos quase crus (uma bomba de sal e gordura).

sexta-feira, 23 de março de 2012

VIDEO DOS ALPES

VISÃO DOS ALPES

No voo de Madri para Munique passamos sobre os Alpes. Estava um dia de céu limpo, então tivemos a oportunidade de conhecer o que nos espera nos próximos dias. É início de primavera na Europa, ainda há muito gelo nas partes superiores. A via Claudia Augusta, onde iremos pedalar, tem duas passagens difíceis em que provavelmente alcançaremos as montanhas nevadas. Aqui em Munique a temperatura é agradável, durante o dia, com sol, em torno de 20 graus. A noite entre 5 e 7 celcius. Agora a noite (o fuso daqui é de +4 horas) saímos para tomar uma cerveja, que, como de costume, foi servida em temperatura ambiente, pra não dizer quente.... Toca!

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

MUNIQUE - 23 DE MARÇO

Chegamos a Munique! O voo da Iberia de São Paulo a Madri foi tranquilo, fizemos uma conexão, encontramos Frederico e tomamos outro voo para Munique. Para nossa alegria, as bicicletas chegaram bem, sem nenhuma avaria. Já no aeroporto montamos as bikes para trazê-las para o hotel dentro do trem. Desde o aeroporto foram 45min de até o centro da cidade. Estamos cansados da viagem, mas todos bem. Amanhã a intenção é conhecer a cidade, andar por Munique, descansar e ir na Allianz Arena assistir ao jogo do Bayer. Ao lado as primeiras fotos da viagem. Foto 1: no aeroporto, testanto as bicicletas depois de montadas. Foto 2: Frederico e eu, com a bandeira do Brasil, no aeroporto de Munique. Foto 3: os três patetas, em Madri, aguardando o voo para Munique.

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

quinta-feira, 22 de março de 2012

ESTAMOS A CAMINHO

Saímos esta tarde, quinta-feira 22 de março, Paulo Capre e eu (Leandro), de Florianópolis e já estamos em São Paulo para tomar o voo da Ibéria rumo a Munique. Frederico foi já pela manhã, em voo solo, pois como comprou a passagem por último, havia uma diferença de R$ 500 a mais para que ele pudesse ir em nosso voo. Racionalmente preferiu pagar um pouco menos a ter nossa companhia durante às 11 horas que separaram as terras tupiniquins da Europa. Iremos encontrá-lo (ou pelo menos esperamos) em Madri amanhã pela manhã, onde faremos a conexão para a Alemanha. Nossa maior preocupação, as bicicletas, parece terem sido bem tratadas!

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

quarta-feira, 21 de março de 2012

TÁ CHEGANDO A HORA

Por Frederico Luz

Um dia antes do embarque rumo ao velho mundo é hora de verificar o famoso check list, para ver se tudo está certo. Apenas Leandro tem fluência nos idiomas Inglês e Espanhol, no interior dos países provavelmente iremos nos comunicar com a língua universal do mundo o famoso Gestícules (linguagem dos gestos).Também é hora de torcer para que as companhias aéreas nos entreguem as bikes conforme a entregamos no check in, isso será essencial para o sucesso da viagem. Documentação, equipamentos e $$$ em mãos, tá chegando a hora da aventura começar. Com espírito de equipe e pensamento positivo em 24 horas estaremos atravessando o atlântico. Conhecer novos lugares, fazer novos amigos, em cima da bike, num clima de respeito e interação com a natureza são os objetivos principais da viagem.

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

terça-feira, 20 de março de 2012

O TRANSPORTE DAS BICICLETAS

Fazer uma bicicleta atravessar o Atlântico parece algo ser complicado. Não é, desde que a companhia aérea colabore e tenha um mínimo de cuidado ao manusear as bagabens. Por nossa experiência, um container dentro de um navio é tratado com mais carinho do que uma mala dentro de um avião. Partindo da condição normal da bicicleta como a conhecemos, para o transporte é necessário inverter os pedais (virá-los para o lado de dentro), retirar a roda dianteira, o banco, alinhar o guidão e prendê-lo ao quadro. Esvaziar os pneus para evitar que estourem em altas altitudes, proteger câmbio, passadores e era isso. Em outras viagens levávamos a bicicleta desmontada e a entragávamos no balcão de check in da companhia aérea (sem embalá-la em uma caixa). Sinceramente, dava pena! Depois que ela passava aquela "cortininha" da esteira só ouviamos o barulho de ferro batendo. Agora nossa estratégia é transportar as bicicletas da mesma forma que elas vêm da China quando são fabricadas, ou seja, desmontadas dentro de uma caixa de papelão. Ao lado as fotos do processo de embalagem da bicicleta para a viagem! Na chegada é só remontar e torcer para que não sobrem peças!

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

segunda-feira, 19 de março de 2012

A VIA CLAUDIA AUGUSTA



A Via Claudia Augusta inicia na cidade alemã de Donauwörth que fica há aproximadamente 1 hora de trem de Munique. Segue em direção aos Alpes, passando pela Austria, Suiça e chegando à Itália. O percurso é feito apenas em ciclovias de piso de asfalto, ou seja, não há carros ou trânsito, passando por pequenas cidades do interior. Durante o trajeto há inúmeras atrações e castelos, entre elas o de Hohenschwangau and Neuschwanstein, que inspirou o castelo da cinderela (veja foto abaixo).
Há duas subidas fortes, a primeira em Fernpass (Áustria), que acontece logo após a cidade de Biberwier, e a segunda em Reschenpass (fronteira Suíça com a Itália), trecho em caracoles, onde chegaremos ao ponto mais alto e frio da viagem (1.455m). Em Trento (Itália) a Via Claudia Augusta se divide: um trecho segue para Ostiglia, passando por Verona (seguiremos esta rota até Roveretto); a outra vai até Veneza, cruzando a região do Veneto italiano.

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!